terça-feira, 19 de março de 2019

QUASE MANHÃ



Hoje, quando acordei,
Não era mais noite
Também não era dia.
Era a hora em que os pássaros cantam.

Se aqui não existem pássaros,
Não sei se imaginário,
No longe, um pássaro cantava.

Onde estaria este pássaro?
Se árvores já não existem,
Rios e lagos são secos...
Porque cantava este pássaro?

Naquela hora indistinta
Quase manhã, quase noite...
O canto daquele pássaro
Iluminou cidade.

O trânsito, o trabalho, a vida...
O mundo, a gaiola, o pássaro...
Tudo tornou-se pequeno
E o canto do pássaro, tudo.

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