terça-feira, 14 de agosto de 2018

A DOR

Na manhã ensolarada, eu caminho.
Atravesso rios,
Transponho vales,
Viro noites.
Porém, agora levo comigo uma companheira indesejável.
Queria caminhar sozinho, não é possível.

Sou alegre e sou triste
Sou riso e sou choro
Sou profundidade e superfície
Sou poeta, de vez em quando.
Mas a minha companheira não se afasta.

Às vezes, fica de longe um pouquinho
Apenas para que eu não morra.
Pois é de mim que ela se alimenta.
Depois volta, nem maior nem menor,
Infinita como sempre.
E eu continuo a caminhada
Carregando essa dor que nunca morre.


Nenhum comentário:

Postar um comentário