Eu preparo um canto
Com aquilo que resta depois do tormento.
Lamento de vida vivida sem brilho.
Arrependimento.
Eu faço meu verso
Com a ausência de graça no fim do sorriso.
Instante de dúvida, logo dissolvida
Em novo improviso.
Eu teço uma rima
Emoção infinda que inunda o momento
E foge do instante, invade outro mundo
Meu contentamento.
Construo o meu mundo
Sem saber se fico ou se me divido.
Um segundo vivo preso entre segundos,
Obscurecido.
Fabrico um poema
Com a falta de forças de corpos cansados
Que gozaram juntos e quedam vazios,
Quase extenuados.
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