Se tu chamas nossa língua
Entendo não ser só tua.
Mesmo que não reconheças
Ela também me pertence.
E é em mim que ela é viva
Pinota, ri e procria.
Em mim, não aceita as regras
Que regem a parte que é tua
E traz, na ponta afiada
Novas formas, novos rumos.
Se não morderes a minha
Eu não morderei a tua.
Pois se ambas são as faces
De uma mesma moeda
Deixai que caminhem juntas
Unidas num longo beijo
A minha língua e a tua.
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