Faz dias um verso louco
teima em riscar meu papel.
Sei sua forma, seu jeito de derrama-se...
Porém, por mais que procure
não acho suas palavras.
Pois que no chão em que vivo
tudo se faz com palavras
o meu verso imaginário
embora exista, não vive.
Ora é um seio de virgem,
ora um som, ora eu não sei...
Saio pra rua, pra vida
quero encontrar meu poema.
Frequento a casa das putas
escuto Nelson Gonçalves
canto, choro, rasgo as vestes...
Sei sua forma, seu jeito de derramar-se...
Não acho suas palavras.
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